Uma excelente biblioteca de capas de livros com design de primeira!
Além de ter os livros separados por categorias, você pode indicar capas de livros para serem publicados, e também procurar por designers, gêneros, autores, fotógrafos, ilustradores, etc.
Ótima referência para quem trabalha com criação e também para quem está procurando por referências visuais.
http://www.bookcoverarchive.com/
Lógica x Intuição no Design para Web
De uns anos para cá, tenho visto muitas empresas procurando designers que precisam entender de todas as ferramentas gráficas, fazer animação, programar em action Script, saber php, asp, joomla, tableless, css, java script, e se souber 3d seria um grande diferencial.
Ok, isso é o sonho para qualquer empresa contratar um funcionário com tantas habilidades, mas será que o investimento é correto?
Eu sempre penso "cada macaco no seu galho". Misturar pessoas com conhecimentos diferenciados e ser um multi-tarefa, nem sempre é a solução mais criativa para sua agência ou para o cliente. As vezes por questões financeiras eles acabam contratando uma pessoa ao invés de 2 ou 3 para economizar no orçamento da empresa, porém mais para frente vão ver que investir em pessoas com habilidades diferentes vai trazer um retorno maior e atingir o resultado maior a longo prazo.
Digamos que o Designer é uma pessoa que pensa com lado direito do cérebro, ele tem o emocional mais aguçado, a intuição fala mais alta, ele tem bom senso estético, tem que saber sobre cores, tipologias, tem q pesquisar sobre as tendências, ver muitos sites, estar sempre lendo sobre novas ferramentas, sobre linguagens do design, entender sobre arte, ser uma pessoa que tenha curiosidade de testar novos estilos visuais, é o lado das pessoas autenticas, não-linear, subjetivo, utiliza o conhecimento de maneira livre, múltipla, holística e divergente.
Jás os programadores são pessoas que pensam com o lado esquerdo do cérebro. Eles tem o raciocinio lógico, seguro, se situam mais no tempo/espaço. Por terem tarefas como resolver problemas na hora de programar, eles tb tem q estudar bastante, pesquisar novas formas linguagens de programação, conhecer as ferramentas, códigos, saber qual é a melhor forma que ele resolveria um quebra-cabeça, como fazer funcionar. Por ser racional e crítico, o lado esquerdo do cérebro não se aventura a criar, inventar, sonhar. Prefere a segurança do conhecido, do lógico, é linear, objetivo, usa o conhecimento de forma dirigida, seqüencial, analítica, convergente.
Lógico que todos nós acessamos uma parte do outro lado do cérebro. Não é pq o lado direito é intuitivo e aventureiro que ele nunca vai se arriscar a ter um pouco do pé no chão. Tb não é por isso que o lado esquerdo que é mais logico, não vai ter soluções criativas para resolver uma questão. Todos acessamos em partes ambos os lados, mas cada um tem um acesso mais focado em uma parte do que a outra.
É como ter duas mãos e só usar uma, ninguém faz isso. A pessoa pode ser destra, ela escreve com a mão direita, mas pode muito bem pegar um copo com a mão esquerda. Aquilo não fica apenas lá de enfeite, tem utilidade, como master e slave no boot. Enquanto o master carrega o sistema operacional, o slave tá la, tem acesso, mas ele não tem o poder de mandar no sistema.
Agora pegue esses dois lados e jogue numa pessoa... ok, virou um gênio? Não... virou um frankstein. O layout não vai ser sair tao bom numa pessoa que tem o lado racional ativado, assim como a programação vai demorar muito mais tempo para pessoas que tem o lado intuitivo como primário.
Ou seja o tempo que uma pessoa sozinha faz para criar e programar, pode ser o mesmo que duas possam fazer, porém a qualidade não será superior em relação a duas pessoas que podem fazer cada serviço de formas isoladas.
Lógico, hoje em dia vimos pessoas com bom senso estético e que programam tb, elas sabem ativar as duas partes do cérebro de forma equilibrada, porém com o tempo elas não vao otimizar mais um lado q o outro, e acabam se limitando. Com o tempo, ganhamos experiência, resolvemos problemas com mais facilidades que anteriormente, adquirimos novas habilidades, mas se centrarmos esse tempo para uma só área, seja design ou seja programação, a qualidade para uma dessas áreas vai estar cada vez mais ativa, e com isso a empresa vai ganhar um excelente profissional que saiba fazer a sua proposta de maneira bem feita.
Para um designer de web é importante ter noções de programação, até para ele saber o que é possivel ou não numa criação, para ajudar o programador a trabalhar melhor no layout, para ajudar na arquitetura das informações, assim como para um programador, é importante ter noções de design, para ajuda-lo a otimizar a construção do layout, e deixa-lo perfeitamente igual ao que foi enviado ao cliente, sem ignorar os espaçamentos do layout ou as formatações de texto, entre outras coisas. E assim cada um ativa um pouco do lado oposto do cérebro, sem ter q se desdobrar em dois.
Por diversas vezes eu já me sentei na frente do computador disposta a programar, peguei tutoriais, quebrei a cabeça, aprendi um pouco, e vou te falar, isso não me atraiu nenhum pouquinho, não me deu prazer, não me senti satisfeita em fazer isso, então pq iria me meter as caras de ser uma faz tudo, sendo que eu sei q se fosse uma seria completa, mas limitada e infeliz?
Com tantos bons profissionais no mercado, não seria melhor pegar um de cada e ter a chance de fazer com que seu negócio desse muito mais certo se fosse focado diretamente em cada área?
O mundo talvez seria perfeito se todos fossem ótimos em tudo, mas realmente não da para ser médico e engenheiro ao mesmo tempo, não da para levantar um prédio sozinho e depois decora-lo, não dá para cozinhar e construir fogões, assim como não da para ter o pé no chão e ter a mente livre ao mesmo tempo. Realmente eu acho, cada macaco no seu galho.
Ok, isso é o sonho para qualquer empresa contratar um funcionário com tantas habilidades, mas será que o investimento é correto?
Eu sempre penso "cada macaco no seu galho". Misturar pessoas com conhecimentos diferenciados e ser um multi-tarefa, nem sempre é a solução mais criativa para sua agência ou para o cliente. As vezes por questões financeiras eles acabam contratando uma pessoa ao invés de 2 ou 3 para economizar no orçamento da empresa, porém mais para frente vão ver que investir em pessoas com habilidades diferentes vai trazer um retorno maior e atingir o resultado maior a longo prazo.
Digamos que o Designer é uma pessoa que pensa com lado direito do cérebro, ele tem o emocional mais aguçado, a intuição fala mais alta, ele tem bom senso estético, tem que saber sobre cores, tipologias, tem q pesquisar sobre as tendências, ver muitos sites, estar sempre lendo sobre novas ferramentas, sobre linguagens do design, entender sobre arte, ser uma pessoa que tenha curiosidade de testar novos estilos visuais, é o lado das pessoas autenticas, não-linear, subjetivo, utiliza o conhecimento de maneira livre, múltipla, holística e divergente.
Jás os programadores são pessoas que pensam com o lado esquerdo do cérebro. Eles tem o raciocinio lógico, seguro, se situam mais no tempo/espaço. Por terem tarefas como resolver problemas na hora de programar, eles tb tem q estudar bastante, pesquisar novas formas linguagens de programação, conhecer as ferramentas, códigos, saber qual é a melhor forma que ele resolveria um quebra-cabeça, como fazer funcionar. Por ser racional e crítico, o lado esquerdo do cérebro não se aventura a criar, inventar, sonhar. Prefere a segurança do conhecido, do lógico, é linear, objetivo, usa o conhecimento de forma dirigida, seqüencial, analítica, convergente.
Lógico que todos nós acessamos uma parte do outro lado do cérebro. Não é pq o lado direito é intuitivo e aventureiro que ele nunca vai se arriscar a ter um pouco do pé no chão. Tb não é por isso que o lado esquerdo que é mais logico, não vai ter soluções criativas para resolver uma questão. Todos acessamos em partes ambos os lados, mas cada um tem um acesso mais focado em uma parte do que a outra.
É como ter duas mãos e só usar uma, ninguém faz isso. A pessoa pode ser destra, ela escreve com a mão direita, mas pode muito bem pegar um copo com a mão esquerda. Aquilo não fica apenas lá de enfeite, tem utilidade, como master e slave no boot. Enquanto o master carrega o sistema operacional, o slave tá la, tem acesso, mas ele não tem o poder de mandar no sistema.
Agora pegue esses dois lados e jogue numa pessoa... ok, virou um gênio? Não... virou um frankstein. O layout não vai ser sair tao bom numa pessoa que tem o lado racional ativado, assim como a programação vai demorar muito mais tempo para pessoas que tem o lado intuitivo como primário.
Ou seja o tempo que uma pessoa sozinha faz para criar e programar, pode ser o mesmo que duas possam fazer, porém a qualidade não será superior em relação a duas pessoas que podem fazer cada serviço de formas isoladas.
Lógico, hoje em dia vimos pessoas com bom senso estético e que programam tb, elas sabem ativar as duas partes do cérebro de forma equilibrada, porém com o tempo elas não vao otimizar mais um lado q o outro, e acabam se limitando. Com o tempo, ganhamos experiência, resolvemos problemas com mais facilidades que anteriormente, adquirimos novas habilidades, mas se centrarmos esse tempo para uma só área, seja design ou seja programação, a qualidade para uma dessas áreas vai estar cada vez mais ativa, e com isso a empresa vai ganhar um excelente profissional que saiba fazer a sua proposta de maneira bem feita.
Para um designer de web é importante ter noções de programação, até para ele saber o que é possivel ou não numa criação, para ajudar o programador a trabalhar melhor no layout, para ajudar na arquitetura das informações, assim como para um programador, é importante ter noções de design, para ajuda-lo a otimizar a construção do layout, e deixa-lo perfeitamente igual ao que foi enviado ao cliente, sem ignorar os espaçamentos do layout ou as formatações de texto, entre outras coisas. E assim cada um ativa um pouco do lado oposto do cérebro, sem ter q se desdobrar em dois.
Por diversas vezes eu já me sentei na frente do computador disposta a programar, peguei tutoriais, quebrei a cabeça, aprendi um pouco, e vou te falar, isso não me atraiu nenhum pouquinho, não me deu prazer, não me senti satisfeita em fazer isso, então pq iria me meter as caras de ser uma faz tudo, sendo que eu sei q se fosse uma seria completa, mas limitada e infeliz?
Com tantos bons profissionais no mercado, não seria melhor pegar um de cada e ter a chance de fazer com que seu negócio desse muito mais certo se fosse focado diretamente em cada área?
O mundo talvez seria perfeito se todos fossem ótimos em tudo, mas realmente não da para ser médico e engenheiro ao mesmo tempo, não da para levantar um prédio sozinho e depois decora-lo, não dá para cozinhar e construir fogões, assim como não da para ter o pé no chão e ter a mente livre ao mesmo tempo. Realmente eu acho, cada macaco no seu galho.
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quinta-feira, 5 de março de 2009

Dvds e Blurays para Designers
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Imagine ter o seu filme favorito numa edição especial, feito com as capas pelos melhores designers e ainda contendo horas a mais de entrevistas, cenas nos bastidores, making-off, e muitos extras....
Essa proposta de relançar filmes com capas e contéudos diferenciados veio da The Criterion Collection que aposta numa qualidade superior dos Dvds tradicionais só que com esse diferencial que vale muito a pena para colecionadores.
Os filmes não são nada comerciais, mas são grandes obras já lançadas que foram remasterizada digitalmente e tiveram acesso a produzi-las extra oficialmente pelas grandes produtoras, mas que valorizam o produto que pode ter sido esquecido pelos admiradores da sétima arte.
Para conferir as capas maravilhosas, acesse o blog da Criterion e babem...
Essa proposta de relançar filmes com capas e contéudos diferenciados veio da The Criterion Collection que aposta numa qualidade superior dos Dvds tradicionais só que com esse diferencial que vale muito a pena para colecionadores.
Os filmes não são nada comerciais, mas são grandes obras já lançadas que foram remasterizada digitalmente e tiveram acesso a produzi-las extra oficialmente pelas grandes produtoras, mas que valorizam o produto que pode ter sido esquecido pelos admiradores da sétima arte.
Para conferir as capas maravilhosas, acesse o blog da Criterion e babem...
design versus música
A música veio na minha vida como uma das primeiras minhas paixões, e depois veio o design. Desde pequena eu visualizava clipes com as músicas que eu mais gostava. Imaginava um cenário, pessoas que participariam, criava na minha mente o figurino, a direção de fotografia, era tudo muito detalhado, raramente eu participava desses "clipes" imaginários, mas sempre deixava a imaginação rolar solta qdo eu ouvia as músicas que eu me apaixonava.
Lógico, depois a gente vai crescendo e vai deixando de lado essa imaginação achando q tudo não passa de um besteira infantil. Realmente, hj eu não consigo mais visualizar clipes da mesma forma q fazia qdo era pirralha, mas nos meus trabalhos pessoais eu tento visualizar esses "clipes" em um layout.
Raramente esses layouts irão se tornar algo comercial, pois eles foram feitos através do meu estilo musical, o que não é muito comercial. É como pegar um estilo musical, por exemplo a musica pop, que é feito para as grandes massas. Eu acredito que os design comercial de hoje em dia é como um clipe de musica pop. Vc junta elementos que são clichês e junta a formula que sempre deu sucesso e pronto, saiu do forno algo para ser consumido para a grande massa.
Mas qdo eu faço um projeto pessoal, eu tento colocar mais o que eu sou nele, as minhas influências musicais. É como se pegasse o lado sujo do punk, e o lado sombrio do gótico, um pouco de influência industrial, e traçar na tela em branco esses estilos musicais que eu sempre amei e colocar essa rebeldia misturada com clima mais etéreo, misterioso, dark e sujo.
Sei que não será consumido, mas foi feito 100% vindo do meu eu(nao que eu seja dark ou suja!rs, digamos assim).
Nesses anos de trabalho, já me deparei com o layout pagodão ou o sertanejo, estilo musical que machuca meus ouvidos a ponto de sangrar, mas não é por isso que eu o desprezei, lógico, doeu, mas sou mulher, vim com uma carga maior para suportar a dor, apesar de se um dia tiver q parir, meu deus, me dê uma anestesia! No layout pagode eu finjo simplesmente q estou ouvindo outra musica, ou como sempre disse, tenho o ouvido seletivo, só escuto o que quero, o que nao me importa eu simplesmente bloqueio, simplesmente imagino que estou no inferno e abraço o capeta ou finjo que estou ouvindo Nine inch nails em Olinda! rs
Mas depois de tantos anos trabalhando com design, hoje em dia, tenho sorte que só tenho pegado o bom rock'n'roll para construir meus layouts. Tenho sorte em dizer que se peguei um trabalho punk, é no melhor sentido da palavra.
Acho q o design pode ser musical, sem ser logico com musica de fundo; coisa que até hoje eu não entendo pq colocar musica em sites até pq ninguém é obrigado a ouvir o que você gosta - leia-se tb lojas de departamentos, supermercados, consultorios médicos e elevador. Mas eu acredito que um layout é musical pelo fato de sua personalidade, pela força que ele pode passar, assim como a música. Você pode ouvir uma musica e ficar agitado, ou triste, ou sair com vontade de abraçar todo mundo de alegrinha q ela pode ser, e com o design vc pode ter essa sensação se você for aberto a ela. Você pode se sentir bem em visualizar aquela criação, ela pode ser intrigante, pode te deixar 5 minuntos inteiros olhando para ela e pensando, ao mesmo tempo, você pode ver algo tão cute, que dá vontade de sair comprando todos os produtos que estão naquela prancha, ou ver algo que te choque, e que te deixe como uma sensação estranha após absorver a peça.
Vc pode deparar com ilustrações maravilhosas com um clima super retrô e sentir aquela sensação de ter sido transportado para um passado, que nem pode ser o seu... e sim dos seus pais, e imaginar ele se encaixando perfeitamente com alguma canção que toca nas radios nos programas de retrospectiva musical.
Ou vc pode deparar com linhas, movimento, cores fortes contrastando com um fundo escuro, ou cores escuras num fundo claro, todas dando sensação de movimento, energia, com elementos estourando como uma explosão de shapes e sentir a sensação de que foi feita por alguém ouvindo algum tipo de música eletronica que acompanhou na sua composição com suas batidas.
E assim como tantos outros estilos musicais, dá para sentir os acordes se você analisa-lo com calma.
Talvez meu objetivo em vida ainda seja que meus trabalhos sejam cada vez mais musicais, onde eu possa colocar interamente a minha paixão pela musica nos meus trabalhos, mas eu não sou pop, nunca fui, e agora com 32 anos de idade eu posso dizer q acho q nunca vou ser... já passou a fase da modinha pré/pós adolescente, e ainda continuo com a mesma paixão da mesma época.
Gostaria cada vez mais de ousar como os punks faziam, de colocar sua emoção nas composições como Robert Smith, Peter Murphy faz até hoje em dia, ou me teletransportar para uma tela em branco e a preencher com nevoas e uma atmosfera mais intimista como acontece qdo escuto a voz maravilhosa de Andrew Eldritch - Sister of mercy (sim eu vou no show de novo e dessa vez quero é ficar na grade!), mas isso é limitar a um publico e assim como a musica, o design é segmentado. Então talvez todos os designers tenham que ser mais um david bowie, sempre acompanhando as tendências, sem seguir moda, assinando seus trabalhos com seu toque pessoal, os que os acabam tornando unicos, mas agradando o ouvido de todo mundo, até mesmo quem nunca foi fã de david bowie, duvido que nunca cantou Let's Dance, Ziggy Stardust e heroes...
O importante é deixar a sua marca, o seu estilo, sua assinatura em algum momento do seu trabalho, mesmo q sutilmente, mesmo que seja para ser comercial, que seja com glamour, que tenha um pouco de personalidade.
As vezes eu sinto que qdo meu trabalho não atinge o "comercial demais" e o cliente aprova, surge um sorriso de missao cumprida, e se ele nao aprova surge um sorrisinho de ok, ok, punk rock nao é para todo mundo! rs E viva as diferenças !
:D
Lógico, depois a gente vai crescendo e vai deixando de lado essa imaginação achando q tudo não passa de um besteira infantil. Realmente, hj eu não consigo mais visualizar clipes da mesma forma q fazia qdo era pirralha, mas nos meus trabalhos pessoais eu tento visualizar esses "clipes" em um layout.
Raramente esses layouts irão se tornar algo comercial, pois eles foram feitos através do meu estilo musical, o que não é muito comercial. É como pegar um estilo musical, por exemplo a musica pop, que é feito para as grandes massas. Eu acredito que os design comercial de hoje em dia é como um clipe de musica pop. Vc junta elementos que são clichês e junta a formula que sempre deu sucesso e pronto, saiu do forno algo para ser consumido para a grande massa.
Mas qdo eu faço um projeto pessoal, eu tento colocar mais o que eu sou nele, as minhas influências musicais. É como se pegasse o lado sujo do punk, e o lado sombrio do gótico, um pouco de influência industrial, e traçar na tela em branco esses estilos musicais que eu sempre amei e colocar essa rebeldia misturada com clima mais etéreo, misterioso, dark e sujo.
Sei que não será consumido, mas foi feito 100% vindo do meu eu(nao que eu seja dark ou suja!rs, digamos assim).
Nesses anos de trabalho, já me deparei com o layout pagodão ou o sertanejo, estilo musical que machuca meus ouvidos a ponto de sangrar, mas não é por isso que eu o desprezei, lógico, doeu, mas sou mulher, vim com uma carga maior para suportar a dor, apesar de se um dia tiver q parir, meu deus, me dê uma anestesia! No layout pagode eu finjo simplesmente q estou ouvindo outra musica, ou como sempre disse, tenho o ouvido seletivo, só escuto o que quero, o que nao me importa eu simplesmente bloqueio, simplesmente imagino que estou no inferno e abraço o capeta ou finjo que estou ouvindo Nine inch nails em Olinda! rs
Mas depois de tantos anos trabalhando com design, hoje em dia, tenho sorte que só tenho pegado o bom rock'n'roll para construir meus layouts. Tenho sorte em dizer que se peguei um trabalho punk, é no melhor sentido da palavra.
Acho q o design pode ser musical, sem ser logico com musica de fundo; coisa que até hoje eu não entendo pq colocar musica em sites até pq ninguém é obrigado a ouvir o que você gosta - leia-se tb lojas de departamentos, supermercados, consultorios médicos e elevador. Mas eu acredito que um layout é musical pelo fato de sua personalidade, pela força que ele pode passar, assim como a música. Você pode ouvir uma musica e ficar agitado, ou triste, ou sair com vontade de abraçar todo mundo de alegrinha q ela pode ser, e com o design vc pode ter essa sensação se você for aberto a ela. Você pode se sentir bem em visualizar aquela criação, ela pode ser intrigante, pode te deixar 5 minuntos inteiros olhando para ela e pensando, ao mesmo tempo, você pode ver algo tão cute, que dá vontade de sair comprando todos os produtos que estão naquela prancha, ou ver algo que te choque, e que te deixe como uma sensação estranha após absorver a peça.
Vc pode deparar com ilustrações maravilhosas com um clima super retrô e sentir aquela sensação de ter sido transportado para um passado, que nem pode ser o seu... e sim dos seus pais, e imaginar ele se encaixando perfeitamente com alguma canção que toca nas radios nos programas de retrospectiva musical.
Ou vc pode deparar com linhas, movimento, cores fortes contrastando com um fundo escuro, ou cores escuras num fundo claro, todas dando sensação de movimento, energia, com elementos estourando como uma explosão de shapes e sentir a sensação de que foi feita por alguém ouvindo algum tipo de música eletronica que acompanhou na sua composição com suas batidas.
E assim como tantos outros estilos musicais, dá para sentir os acordes se você analisa-lo com calma.
Talvez meu objetivo em vida ainda seja que meus trabalhos sejam cada vez mais musicais, onde eu possa colocar interamente a minha paixão pela musica nos meus trabalhos, mas eu não sou pop, nunca fui, e agora com 32 anos de idade eu posso dizer q acho q nunca vou ser... já passou a fase da modinha pré/pós adolescente, e ainda continuo com a mesma paixão da mesma época.
Gostaria cada vez mais de ousar como os punks faziam, de colocar sua emoção nas composições como Robert Smith, Peter Murphy faz até hoje em dia, ou me teletransportar para uma tela em branco e a preencher com nevoas e uma atmosfera mais intimista como acontece qdo escuto a voz maravilhosa de Andrew Eldritch - Sister of mercy (sim eu vou no show de novo e dessa vez quero é ficar na grade!), mas isso é limitar a um publico e assim como a musica, o design é segmentado. Então talvez todos os designers tenham que ser mais um david bowie, sempre acompanhando as tendências, sem seguir moda, assinando seus trabalhos com seu toque pessoal, os que os acabam tornando unicos, mas agradando o ouvido de todo mundo, até mesmo quem nunca foi fã de david bowie, duvido que nunca cantou Let's Dance, Ziggy Stardust e heroes...
O importante é deixar a sua marca, o seu estilo, sua assinatura em algum momento do seu trabalho, mesmo q sutilmente, mesmo que seja para ser comercial, que seja com glamour, que tenha um pouco de personalidade.
As vezes eu sinto que qdo meu trabalho não atinge o "comercial demais" e o cliente aprova, surge um sorriso de missao cumprida, e se ele nao aprova surge um sorrisinho de ok, ok, punk rock nao é para todo mundo! rs E viva as diferenças !
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